quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Perdoem...



Perdoem
A falta de espaço dentro de mim
Perdoem
Por não me conformar com os dias assim
Por não me envolver nessa corrida sem fim
Perdoem
O não ser cotidiano
O gostar viver cada dia, cada ano
A expressão da arte que tanto amo
Perdoem
O meu sorriso na cara
A minha dança que não pára
A vida ser assim tão rara
Perdoem
A minha alma pela chuva lavada
De não ter medo da cara amarrada
De quem essa minha prosa rimada vale nada
Perdoem
Por não apertar meu pescoço com essa gravata
Se seu sapato me mata
Se sua ordem não me acata
Perdoe minha vidinha pacata
Perdoem-se e pra mim tal palavra
É que nem perder, perder o ar...
Numa vida levada de quem nunca pára e o belo repara.


(...E ouvira tanto a palavra perdão, que ele achava que era "vinda do verbo perder"...)
"E o mundo é bão Sebastião." Pra ele era tipo...Perdeu hem!

                                               (Paola Santos)

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