terça-feira, 9 de agosto de 2011

((Somos espelho...olhepse somoS))



Certo dia estive a olhar o espelho e a observar os contrários.
Estive a andar pelas contrariedades e pude ver que dela partia um rumo diferente.
O espelho me olha o meu contrário, e só por ele me vejo.
O reflexo do que está, meu atrás ou á frente?
Eu deixo a confusão mostrar.
Como água, (r)efletindo a profundidade das coisas.
Terá o mundo estado sempre de cabeça para baixo?
E eu achava que andava de pé?
des...ré.
Caminhando de ré...
Assim percebi que devo escrever tudo ao contrário.
E que passado pode ser o futuro, um presente. 

Ali naquele canto pude ver
Em farrapos exauridos
O homem que mora no caminho
Que caminho não tem
Deixou de traçar
Talvez por que desistiu
Ou algo lhe suprimiu
Seu olho é espelho
Do que passa e não vê
Que ali pelo caminho
Está alguém a mercê
Do caminho contrário


Se somos espelho, sê.
O que está sem rumo pra ele
Também está para você


Ele vê tudo passando
Pois está jogado ás margens do reflexo
Dessa correnteza
Do rio que funda o vazio
De quem corre sua corrente
Ou permanece ás margens dela
Refletindo, se pode reverter
Desconcertar,descontrariar,desfazer...
E na foz que reúne os rumos
Os remos precisam de mãos, braços e homens.
E foi bem aquele que antes ali margeara
Aqui reunia forças e remava
Nesse momento os olhares se cruzaram
Não se ouvia uma palavra.



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